abril 29, 2007

ALUNOS

ABAIXO VOCÊS ENCONTRARÃO AS IMAGENS REFERENTES A AULA SOBRE O RENASCIMENTO. AS VEZES AS POSTAGENS NÃO SÃO PUBLICADAS EXATAMENTE COMO ORGANIZO PORÉM CREIO QUE SERÁ POSSÍVEL ENTENDER AS CORRESPONDÊNCIAS ENTRE NOMES E IMAGENS. **PARA SEMANA QUE VEM NÃO ESQUEÇAM DO TRABALHO SELECIONANDO UMA OBRA E AUTOR E ESCREVENDO SOBRE A OBRA ESPECIFICAMENTE, SEU CONTEXTO, O PERÍODO DA VIDA DO AUTOR E ETC. **NOSSA AVALIAÇÃO FICA MARCADA PARA O DIA 11 DE MAIO. CONTEÚDO: ARTE E EXPRESSÃO AO LONGO DA HISTÓRIA (COMO OS POVOS SE EXPRESSAM E POR QUÊ. ARTE COMO LINGUAGEM DE QUÊ?) ARTE NA PRÉ- HISTÓRIA ARTE EGÍPCIA ARTE GREGA ARTE ROMANA ARTE BIZANTINA ARTE GÓTICA ABRAÇO A TODOS, COMUNIQUEM-SE qualquer dúvida ou observação: marinamendo@gmail.com

Generosidade.

A Divina Comédia de Dante Alighieri

A Divina Comédia

INFERNO

O Inferno relata uma odisséia pelo mundo subterrâneo para onde se dirigem após a morte, segundo a crença cristã, aqueles que pecaram e não se arrependeram em vida. A viagem, relatada em 4720 versos rimados em tercetos, é realizada pelo próprio Dante guiado pelo espírito de Virgílio - famoso poeta romano dos tempos de Júlio César.

A geografia do mundo e do reino dos mortos reflete as crenças vigentes na Idade Média. A Terra, esférica, era o centro do Universo segundo a cosmologia de Ptolomeu. Três continentes eram conhecidos: Ásia, África e Europa, e acreditava-se que eles ocupavam somente um dos hemisférios da Terra. Todo o hemisfério oposto era coberto de água. Na mitologia de Dante, a única exceção era o pólo oposto à cidade de Jerusalém, que ficava no meio do oceano. Lá havia uma ilha em cujo centro despontava uma única e enorme montanha - o monte do Purgatório.

Além das crenças cristãs da época, o poema de Dante também foi influenciado por vários outros poemas épicos que precederam a Comédia. Monstros avernais e outras figuras mitológicas gregas e romanas que apareceram nas obras de Homero, Virgílio e Ovídio, ressurgem no Inferno de Dante ora como condenados ora como seres responsáveis pelo funcionamento de algum "serviço" mantido no reino de Lúcifer.

A viagem narrada pelo poema acontece na semana santa do ano de 1300. Naquela época, Dante era um atuante político florentino prestes a ser eleito, dois meses depois, como um dos priores (governadores) da cidade de Florença. Porém, em menos de um ano, Dante foi exilado e expulso da cidade. O Inferno, escrito no exílio, faz referência a vários fatos históricos que aconteceram em 1300 e depois, através de profecias de almas condenadas no Inferno, que vêem o futuro.

Para compreender o Inferno de Dante é preciso conhecer um pouco da política de Florença e das crenças e costumes da Idade Média. É importante também conhecer a vida de Dante, suas atividades e os motivos do seu exílio. Isto é apresentado em uma seção especial sobre a vida do poeta.

Em várias partes do seu texto, Dante menciona personalidades pelo apelido ou pelo primeiro nome. A maior parte dessas pessoas eram conhecidas pela população da Itália na sua época. Hoje, 700 anos depois, é impossível saber quem era 'Buoso' ou 'Francesco' sem consultar as notas dos primeiros dantistas como Boccaccio e Andrea Lancia (Ottimo Commento).

Deixai toda a esperança a vós que entrais. Inferno Canto III, 9

Canto III

A porta do Inferno - Vestíbulo Rio Aqueronte - Caronte

POR MIM SE VAI À CIDADE DOLENTE, POR MIM SE VAI À ETERNA DOR , POR MIM SE VAI À PERDIDA GENTE.

JUSTIÇA MOVEU O MEU ALTO CRIADOR, QUE ME FEZ COM O DIVINO PODER, O SABER SUPREMO E O PRIMEIRO AMOR.

ANTES DE MIM COISA ALGUMA FOI CRIADA EXCETO COISAS ETERNAS, E ETERNA EU DURO. DEIXAI TODA ESPERANÇA, VÓS QUE ENTRAIS!

Estas palavras estavam escritas em tom escuro, no alto de um portal. Eu, assustado, confidenciei ao meu guia:

- Mestre, estas palavras são muito duras.

- Não tenhas medo - respondeu Virgílio, experiente - mas não sejas fraco! Aqui chegamos ao lugar, do qual antes te falei, onde encontraríamos as almas sofredoras que já perderam seu livre poder de arbítrio. Não temas, pois tu não és uma delas, tu ainda vives.

Em seguida, Virgílio segurou minha mão, sorriu para me dar confiança, e me guiou na direção daquele sinistro portal.

Logo que entrei ouvi gritos terríveis, suspiros e prantos que ecoavam pela escuridão sem estrelas. Os lamentos eram tão intensos que não me contive e chorei. Gritos de mágoa, brigas, queixas iradas em diversas línguas formavam um tumulto que tinha o som de uma ventania. Eu, com a cabeça já tomada de horror, perguntei:

- Mestre, quem são essas pessoas que sofrem tanto?

- Este é o destino daquelas almas que não procuraram fazer o bem divino, mas também não buscaram fazer o mal. - me respondeu o mestre. - Se misturam com aquele coro de anjos que não foram nem fiéis nem infiéis ao seu Deus. Tanto o céu quanto o inferno os rejeita.

- Mestre - continuei -, a que pena tão terrível estão esses coitados submetidos para que lamentem tanto?

- Te direi em poucas palavras. Estes espíritos não têm esperança de morte nem de salvação. O mundo não se lembrará deles, a misericórdia e a justiça os ignoram. Deixe-os. Só olha, e passa.

E então olhei e vi que as almas formavam uma grande multidão, correndo atrás de uma bandeira que nunca parava. Estavam todas nuas, expostas a picadas de enxames de vespas que as feriam em todo o corpo. O sangue escorria, junto com as lágrimas até os pés, onde vermes doentes ainda os roíam.

Quando olhei além dessa turba, vi uma outra grande multidão que esperava às margens de um grande rio.

- Quem são aqueles? - perguntei ao mestre.

- Tu saberás no seu devido tempo, quando tivermos chegado à orla triste do Aqueronte. - respondeu, secamente.

Temendo ter feito perguntas demais, fiquei calado até chegarmos às margens daquele rio de águas pantanosas e cinzentas.

Chegava um barco dirigido por um velho pálido, branco e de pêlos antigos. Ele gritava:

- Almas ruins, vim vos buscar para o castigo eterno! Abandonai toda a esperança de ver o céu outra vez, pois vou levar-vos às trevas eternas, ao fogo e ao gelo!

Quando ele me viu, gritou:

- E tu, alma vivente, te afasta desse meio pois aqui só vem morto! - Vendo que eu não me mexia, mais calmo, falou - Tu deves seguir para outro porto, onde um outro barco, maior, te dará transporte.

- Caronte, te irritas em vão! - intercedeu o mestre - Lá, onde se pode o que se quer, isto se quer, e não peças mais nada!

Caronte então se calou, mas pude ver que seus olhos vermelhos ainda ardiam de raiva. As almas, chorando amargamente, se amontoavam na orla e Caronte as embarcava, uma a uma, batendo nelas com o remo quando alguma hesitava. Depois seguiam, quebrando as ondas sujas rio Aqueronte, e antes de chegarem à outra margem, uma nova multidão já se formava deste lado.

Enquanto Virgílio me falava sobre as almas que atravessavam o rio, houve um grande terremoto, seguido por uma ventania que inundou o céu com um clarão avermelhado. O susto foi tão intenso que eu desmaiei e caí num sono profundo.

Michelangelo Buonarotti

(de cima para baixo) Teto da Capela Sistina./ Túmulo da família Médici./ Pietá/ Papa Júlio II/ Moisés/ Autoretrato/ Juízo Final/ esboço do teto da Capela Sistina/ David/ Criação de Adão/ Criação do Sol e da Lua/ Baco/ A Sagrada Família.

Rafael Sanzio

(de cima para baixo): "A Sagrada Família" "As Três Graças" "Casamento de uma Virgem" "Transfiguração" "Auto retrato" "A Ressureição" "Madonna Alba" "Madalenna Donni" "A Escola de Atenas" recorte(Rafael entre os filósofos da Escola de Atenas)

abril 27, 2007

Leonardo da Vinci

(imagens de cima para baixo): " A Virgem do Cravo" " Retrato de Ginevra Benci" " Retrato de um Músico" "Autoretrato" " o Grande Cavalo" ( réplica em miniatura do que teria sido) " Mona Lisa ou La Gioconda"
"escritos II" ( estudos) "escritos I" (estudos) "Madona Litta" "Madona Benois" "Madona e o Menino" "Leda"
"esboços de maquinaria II" (estudos)
"esboços de maquinaria I" ( estudos ) " esboços de anatomia" (estudos)
"destino dos embriões" ( estudos) "Dama do Arminho""O Batismo de Cristo"
"A Anunciação""Adoração dos Magos"" A Virgem das Rochas"" A Última Ceia""Homem Vitruviano"