junho 09, 2007

* Dominique Ingres (francês, 1780-1867)

de cima para baixo. Júpiter e Tétis. Vênus. Napoleão Bonaparte. Retrato de uma Nobre. Retrato de Marie Clothilde. s/nome. da série Banhistas. mais um Retrato de Nobre. Delphine Ramel. Mdme Ingres. Banho Turco. A Grande Odalisca. A Banhista. mais um s/nome.

Jacques Louis David (francês, 1748-1825)

de baixo para cima: A morte de Marat A morte de Sócrates As Sabinas Napoleão e seu cavalo.

obras de Aleijadinho

Altar da igreja São Francisco de Assis, Ouro Preto, MG. Cristo . Menino Jesus. A última ceia.

Acróstico prova a existência do Santo Bruxo – tombado

Aleijadinho transcende aos rococós e motivos do barroco mineiro que, carregados de ironia, faz de sua iconografia a enunciação de significados profanos.

Não fosse verdadeira essa afirmação fica pelo menos a dúvida uma vez que o padre Júlio Engrácia, administrador do Santuário de Congonhas do Campo, no começo do século XX, tentou eliminar as obras de Aleijadinho.

Contra aqueles que negaram ou ainda negam a sua existência o Mestre Lisboa montou um acróstico.

As iniciais dos Profetas Abdias, Baruc, Ezequiel, Jonas, Jeremias, Amós, Daniel, Joel, Nahum, Habacuc, Oséias e Isaías montam o nome como era conhecido: Aleijadinho.

Bastariam 11 letras. O Mestre além de utilizar as iniciais de Jonas e Joel (o jota tônico tem som de "i"), usa o "i" de Isaías, para homenagear sua mãe, escrava Izabel, de propriedade de seu pai, Manoel Francisco Lisboa. Ao todo são 12 Profetas: 4 Maiores, 7 Menores e 1 Escriba, Baruc (Berk-yah) que quer dizer Louvado, pois não há Profeta com a inicial L.

Aleijadinho estava além da alegoria, do telúrico, e já passeava pelo Mundo da Criação 200 anos da ciência ter chegado perto da interpretação do Universo.Nesta audácia, transgride com o seu cinzel. Deixa impresso na arte os momentos e estados da Alma que morria em vida. Conseguir ver e refletir sobre as mensagens deixadas pelo Mestre é uma conquista sem limites da capacidade criadora que transcende à compreensão dos homens de razão. Só entenderá as mensagens aquele que possuir Alma.

www.aleijadinho.com (2)

Há de se ter muito cuidado em atribuir a Aleijadinho a autoria de tantas obras de arte.Em cada gênero talhado pelo Mestre há diversas características próprias de seu risco: proporções, marcas de golpes do cinzel, número de dobras nas vestimentas. Aleijadinho não foi o único "santeiro", abridor de cunhos, escultor, projetista, empreiteiro de sua época: Antônio Francisco Pombal, Domingos Marques, João Gomes Batista, José Coelho de Noronha, José Fernandes Pinto de Alpoim, Felipe Vieira, Manuel Rodrigues Coelho, Antônio Coelho da Fonseca, Pedro Gomes Chaves. Francisco de Lima Cerqueira, Viricimo Vieira da Mota, além do próprio pai de Aleijadinho, Manuel Francisco Lisboa e do Mestre Valentim da Fonseca e Silva.

Estas a seguir são as obras, com algumas ressalvas, atribuídas ao Mestre Aleijadinho:

- planta da Igreja de São Francisco de Assis, talha e escultura do frontispício, os dois púlpitos, o chafariz da sacristia, imagens das três pessoas da Santíssima Trindade, anjos do altar-mor;

- obras da Igreja de Nossa Senhora do Carmo;

- obras na Capela de São Miguel e Almas, ou Bom Jesus das Cabeças.

Nos arquivos e livros das ordens religiosas ( Franciscana, Carmelita, Beneditina) e das paróquias estabelecidas em Ouro Preto encontramos diversos recibos de trabalhos artísticos passados por Aleijadinho.

E com argumentos sustentado nestes recibos é atribuído ao Mestre a autoria de centenas de obras em toda Gerais.

Reprodução da assinatura de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, de um recibo passado em Congonhas do Campo, em 1796.

www.aleijadinho.com

Antônio Francisco Lisboa, conhecido por Aleijadinho por causa da doença que sofreu e o deformou sem piedade, nasceu dia 29 de Agosto de 1730.

Izabel, mãe de Aleijadinho deu a luz no bairro do Bom Sucesso, na cidade de Ouro Preto, antiga capital da Província de Minas Gerais.

Filho natural de Manuel Francisco Lisboa, arquiteto português, e de Izabel, uma pobre escrava africana:

"...nesta Igreja de Nossa Senhora da Conceição com licença minha baptizou o Rdo. Pe. João de Brito a António, fo. de Izabel, escrava de Manoel Francisco da Costa de Bom Sucesso,elhe pôs logo os stos. Oleos edeu odo. seo senhor por forro..."

O nome do pai de Aleijadinho aparece, na Certidão, grafado Manoel Francisco da Costa.

Historiógrafos, como Rodrigo José Ferreira Bretas (1858), afirmam que são nomes pertencentes à mesma pessoa.

Feu de Carvalho, autor do "Ementário da História de Minas" não aceita erros em qualquer documento da época. Argumenta que se o pai do Aleijadinho tivesse da Costa no nome, o Procurador da Câmara jamais consentiria que num contrato ele apenas assinasse parte do seu nome. Afirma que em nenhum documento há uma assinatura com da Costa. Todos estão assinados como Manuel Francisco Lisboa.

Por causa deste fato muitos historiógrafos e a Igreja negam a existência do Aleijadinho.

Nos primeiros anos de vida, Aleijadinho deve ter tido conhecimento das perversidades do governador luso, D. Pedro de Almeida.

Este autocrata, Conde de Assumar, decretou a destruição das choupanas de adôbe situadas no Morro de Ouro Podre, local onde se refugiavam os escravos do Mestre-de-campo, Pascoal da Silva Guimarães.

Aleijadino, na adolescência, pode entender as velhas rivalidades entre taubateanos e outros paulistas. Sentiu na própria pele a mesquinhez do Governador D. Luiz da Cunha Menezes.

Soube das sangrentas lutas dos habitantes de São Paulo com os emboabas.

Observou o descontentamento, cada vez maior, pela cobrança dos "quintos", taxas obrigatórias que a Colônia tinha de pagar ao Reino. Uma condição intolerável já que os fecundíssimos veios auríferos se exauriam.

Os interesses da Metrópole ligados às jazidas determinaram a mudança do Governo Geral para o Rio de Janeiro porque esta medida era mais conveniente do que a defesa da Colonia do Sacramento, localizada à margem esquerda do Rio da Prata.

E assim também se deslocou do sul em direção ao centro a economia brasileira da época.

Sacerdotes de diversas ordens conseguiam licença para esmolar nas Minas onde arrecadavam grandes quantidade de ouro, início do esplendor dos conventos sob o trabalho escravo.

Descontentamentos, roubos, crimes, disputas entre ordens, mineradores, aventureiros e perseguições não impediram a prosperidade de Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Albuquerque, nome dado pelo Governador Antônio de Albuquerque à região descoberta.

Barroco no Brasil

A exploração do ouro transformou a sociedade brasileira. As cidades cresceram e enriqueceram, as construções foram aprimoradas e houve a corrida em busca do ouro.

Nesse período vieram da Europa arquitetos, pintores, escultores e comerciantes interessados nas riquezas brasileiras. Esses artistas conviviam com o estilo barroco europeu caracterizado por construções exuberantes, decoradas, cores fortes e contrastantes, movimento.

No Brasil, a arquitetura religiosa foi o maior expoente da arte barroca. As igrejas eram decoradas com entalhes em madeira cobertos de ouro, teto pintado com cenas biblicas, esculturas de santos, altares com anjos, colunas, flores.

Muitos foram os artistas que contribuíram para o engrandecimento do estilo barroco no Brasil. Entre eles destacamos Manoel da Costa Ataíde ( Mestre Ataíde) e Antônio Francisco Lisboa ( O Aleijadinho).

música barroca

Johan Sebastian Bach; família Bach.

A música barroca é o estilo musical correlacionado com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera no século XVII até a morte de Johann Sebastian Bach,em 1750. Era elaborada e emocional, ideal para integrar-se a enredos dramáticos. A ópera era a mais importante novidade em forma musical, seguida de perto pelo oratório.

Trata-se de uma das épocas musicais mais longas, fecundas, revolucionárias e importantes de música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo(é a parte instrumental mais grave e não interrompida de uma composição, destinada a sustentar sua tonalidade), do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigentes. Na realidade, trata-se do aproveitamento de apenas dois modos: o modo jônio (modo maior) e o modo eólio(modo menor).

A música italiana barroca atingiu o auge com as obras de Antonio Vivaldi.

O início do século XVIII foi marcado por dois grandes compositores: Bach e Haëndel A família de Bach era composta de músicos que atuaram do século XVI ao século, 50 membros desta família Johann Sebastian foi o seu maior representante, e foi com quem a música barroca atingiu o seu ponto culminante. Haëndel desenvolveu-se na Inglaterra, compôs peças musicais de vários gêneros, mas sobretudo grande número de oratórios, onde seu estilo se caracteriza pela grandiosidade.

junho 08, 2007

maneirismo.

O Funeral do Conde Orgaz, El Greco.

Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo. Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias.