agosto 18, 2007

curiosidades Gauguin / fonte: coleção Folha grandes mestres da pintura

Curiosidades

Colaboração para Folha Online
  • Avó feminista Paul Gauguin era neto, por parte de mãe, de Flora Tristán, uma das precursoras do movimento feminista, autora de livretos que pregavam a emancipação da mulher e o divórcio. Flora, nascida em Paris em 1803, era filha de um general peruano. Casou-se aos 18 anos, separou-se cinco anos mais tarde e quase foi morta pelo ex-marido, condenado a 20 anos de trabalhos forçados pela tentativa de homicídio. Flora teve três filhos, entre eles uma menina de nome Aline, que viria a ser a mãe de Gauguin.
  • Infância no Peru Quando Paul Gauguin nasceu, a França passava por grande turbulência política. Em 1851, Carlos Luís Napoleão, sobrinho de Napoleão Bonaparte, articulou um golpe de estado e restaurou o Império. O pai de Paul, Clóvis Gauguin, tinha colaborado em publicações republicanas e, temendo retaliações, decidiu deixar o país. Partiu rumo ao Peru, onde a mulher, Aline, tinha família influente. Mas, durante a viagem, Clóvis morreu após sofrer um ataque cardíaco. Aline prosseguiu a travessia do Atlântico e levou os dois filhos para Lima, onde Paul Gauguin viveu os primeiros anos de vida.
  • Gauguin no Brasil Em 1855, a mãe de Paul Gauguin decidiu retornar a França. A família fixou-se em Orleans (a cerca de 120 km de Paris), onde Gauguin iniciou seus estudos no liceu local. Ao completar 17 anos, o jovem alistou-se na marinha francesa. Antes de entrar para a marinha de guerra, trabalhou durante três anos como cadete em um navio mercante que, entre outros portos, ancorou em Salvador e no Rio de Janeiro.
  • Entre a bolsa e a arte Paul Gauguin entrou para o mundo dos negócios pelas mãos de seu tutor, o banqueiro Gustave Arosa, que além de grande capitalista era também colecionador de obras de arte. Foi Arosa quem conseguiu para Gauguin o emprego na Bolsa de Valores em Paris, na firma de Monsieur Bertin, famoso corretor de valores na capital francesa. Mas foi Gustave Arosa também quem o aproximou da obra de Pissarro, o artista que viria a aconselhar Gauguin a trocar o mercado financeiro pelos pincéis.
  • Gauguin e van Gogh Em 1888, depois de retornar da Martinica, Paul Gauguin aceitou o convite de Vincent van Gogh para dividir com ele uma casa em Arles, no sul da França. Van Gogh pretendia estabelecer no local um ateliê coletivo e uma comunidade de artistas. Mas os dois acabariam por se desentender. Em meio a um de seus muitos colapsos nervosos, van Gogh ameaçou o amigo com uma navalha, mas acaba cortando um pedaço da própria orelha e em seguida dá de presente a uma prostituta. Assustado, Paul Gauguin decidiu retornar a Paris.
  • Telas improvisadas No Taiti, por causa da distância geográfica em relação aos grandes centros e da falta de dinheiro, Paul Gauguin tinha dificuldade de encontrar material para trabalhar em seus quadros. Muitas vezes, recorreu a panos de sacos para improvisar telas e, assim, continuar pintando.
  • Noa Noa Gauguin escreveu um livro sobre o Taiti. Em Noa Noa, registrou o que significava para ele - e para sua arte - a vida a milhares de quilômetros de distância da civilização. "Eu escapei de tudo que é artificial e convencional. Aqui, eu entrei no processo da verdade pura para me tornar um indivíduo unificado com a natureza".
  • Nas telas do cinema Gauguin - Um lobo atrás da porta, de Henning Carlsen, Dinamarca, 1986. Rumo ao Paraíso, de Mario Andrecchio, Austrália, 2003. O artista no primeiro filme é interpretado por Donald Sutherland e no segundo filme por Kiefer Sutherland, seu filho.

Nenhum comentário: